sexta-feira, 17 de julho de 2009

a era do gelo 3

quebra o gelo entre gerações


Franquia de animação continua com fôlego e fica ainda melhor no formato digitalA era do gelo 3 é um cabo-de-guerra entre passado e futuro. De um lado, a bem-sucedida franquia do brasileiro Carlos Saldanha traz de volta os nossos conhecidos amiguinhos préhistóricos: os mamutes Manny e Ellie, o tigre dente-de-sabre Diego e o preguiça Sid, além da doninha Buck, uma espécie de Indiana Jones da selva, só que mais lelé. Ao mesmo tempo, a série faz sua estreia no formato 3D, tecnologia com eterna promessa de rebaixar a paleozoico o cinema feito até agora. Neste puxa pra lá, nessa briga entre o ontem e o amanhã, quem ganha mesmo é o presente. Sim, o terceiro episódio da saga se passa há milhares de anos – e ainda revive os dinossauros, extintos há outros milhões deles e que agora vivem num paraíso perdido à la Jurassic Park. E, sim, também, o futurista 3D dá a impressão de que, a qualquer hora, o esquilo Scrat vai dar um duplo twist carpado e arremessar no colo do espectador, atrás da noz fujona que, agora, disputa com uma pretendente. Mas os valores que arrebatam plateias desde o nascimento do cinema continuam atuais: os laços afetivos de um grupo disfuncional. Sem dúvida, uma bela forma de quebrar o gelo da crise na indústria cinematográfica.



Os longa-metragens de animação buscam divertir a um só tempo crianças e pais. Em geral, esse tipo de filme ou cai para o lado adulto, como Shrek, ou acaba optando pelo lado infantil, como Monstros vs. alienígenas. O equilíbrio entre os dois públicos é o achado do brasileiro Carlos Saldanha, diretor de A era do gelo 3, que estreia nesta semana em formatos 2-D e 3-D.
Saldanha diz que faz animações mais para se divertir que contemplar qualquer tipo de audiência. Mesmo assim, ele já ganhou a fidelidade de adultos e crianças – a começar pelas suas, Manuela, de 11 anos, Sofia, de 8, e Júlia, de 1 ano (sem contar o menino ainda na barriga de sua mulher), que assistiram na segunda-feira da semana passada a uma pré-estreia da animação. “Elas adoraram. E aprovaram os novos personagens”, diz ele, de Hoboken, Nova Jersey, onde mora

Grande parte da aventura é ambientada no mundo dos dinossauros. Ali, os personagens vão conhecer a doninha Buck, cuja missão é usar da malandragem para vencer os temíveis répteis.


Desta vez, o esquilo Scrat, a vinheta da série, divide sua atenção entre a inalcançável noz e Scratita, uma fêmea charmosa e mais inteligente. As confusões glaciais têm qualidade para envolver toda a família.

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