Refilmar longas orientais de terror virou uma praga hollywoodiana desde que os produtores de O Chamado embolsaram US$ 120 milhões com o remake do original japonês, em 2002. O Olho Do Mal (Paramount) é mais um sintoma da doença. Refilmagem de uma produção tailandesa, o filme conta a história de Sydney Wells (Jessica Alba), uma violinista de sucesso, cega desde os 5 anos, que consegue um transplante de córneas. Seus novos olhos enxergam não só o mundo a sua volta, como também o Além: Sydney vê gente morta para onde quer que olhe. Para desvendar a origem dessa capacidade macabra, ela percorre o caminho feito por suas córneas e desemboca numa doadora mexicana, vidente e amaldiçoada. Tudo devidamente complicado por percalços assustadores e visões aterradoras. Esse é o pecado mortal do filme: em vez de amedrontar ocultando, escancara os sustos com um arsenal de efeitos especiais e luzes estroboscópicas. Erro, aliás, idêntico ao das outras refilmagens similares.
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