sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

homem de ferro

homem de ferro






A versão para o cinema começa com Tony Stark, multimilionário magnata da indústria de armas, sofrendo atentado em algum lugar do Afeganistão. Capturado, Stark é salvo da morte graças a um aparelho instalado no peito que impede estilhaços de granada entrarem em seu coração, enquanto é obrigado a construir um míssil para o grupo terrorista. Utilizando sua inteligência, Stark acaba por montar uma armadura especial para escapar do local, fato no qual é bem-sucedido. Quando retorna aos Estados Unidos, decide aperfeiçoar o traje que havia montado e partir em uma cruzada contra seus próprios demônios.
A transformação do personagem, aliás, é apresentada de forma crível graças, principalmente, à interpretação de Robert Downey Jr. Se o roteiro apressa-se um pouco nesta mudança, ainda que deixe bem claro as razões para tal, a capacidade do ator faz com que o espectador jamais duvide da nova postura de Tony Stark. Intérprete comprovadamente hábil, Downey Jr. dá um show como o protagonista: no primeiro momento, evita que Stark torne-se um arrogante repulsivo, apresentando-o como um playboy divertido; em seguida, assume a densidade pedida pelo personagem, evitando excessos para apresentar esta transformação.
Da mesma forma, Favreau ainda comete outros pecados comuns em filmes do gênero, como alguns diálogos infantilóides e cenas forçadas, como a do personagem morrendo enquanto diz as últimas palavras e o download que termina no exato instante em que o vilão olha para a tela. O interesse romântico do protagonista também poderia ser desenvolvido com mais cuidado: Pepper Potts não ganha espaço suficiente em tela para que o espectador conheça-a melhor, mesmo que Gwyneth Paltrow conquiste a simpatia da platéia.
Como resultado final, Homem de Ferro é um bom filme de ação e um interessante primeiro passo para a série – e a frase final de Tony Stark já dá o gancho perfeito para a continuação. Possui sua série de problemas, mas a abordagem de Jon Favreau e o carisma e talento de Robert Downey Jr. garantem facilmente a recomendação. E, claro, ouvir o clássico riff do Black Sabbath também não prejudica em nada.

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